Postura do PGR vai na contramão da cobrança de subprocuradores-gerais, para os quais ele não pode ‘assistir passivamente’ às ações do presidente
Em meio à crise entre Jair Bolsonaro e a cúpula do Judiciário, Augusto Aras tem sinalizado a interlocutores que não vê crimes por parte do presidente e que a PGR não tomará nenhuma iniciativa para conter Bolsonaro em seus ataques, informa O Globo.
A postura do PGR vai na contramão da cobrança de subprocuradores-gerais da República. Nesta sexta-feira (6), como publicamos, 27 deles divulgaram manifestação afirmando que Aras não poderia “assistir passivamente” aos ataques.
“O posicionamento de Aras, manifestado em conversas recentes, é que a PGR irá agir somente quando provocada em processos no Supremo Tribunal Federal e no Tribunal Superior Eleitoral, mas evitará entrar em confronto com o presidente. Tampouco a PGR assumirá a dianteira em defesa das urnas eletrônicas ou dos ministros do STF. Agirá apenas quando provocada judicialmente”, escreve o jornal carioca.
Para Aras, o papel da PGR é não interferir nas ações do presidente, as quais ele enxerga apenas como manifestações retóricas do mundo político.