Os acontecimentos políticos deste mês mostram que o PSD e o PSDB, em Mato Grosso do Sul, outrora grandes aliados, estão cada vez mais longe um do outro.
Embora não haja como afirmar que a aliança entre os dois partidos chegou ao fim, os fatos recentes mostram que trata-se de um casamento em crise.
O maior motivo para o estremecimento na relação é que as únicas pré-candidaturas com chances de viabilização no Estado vêm das duas legendas.
Enquanto o PSDB aposta suas fichas no secretário de Infraestrutura, Eduardo Riedel, para a sucessão de Azambuja, o PSD já anunciou que Marquinhos Trad será seu candidato a governador de Mato Grosso do Sul em 2022.
Para que isso ocorra, porém, o prefeito da Capital precisa renunciar ao cargo que ocupa no dia 2 de abril.
Os primeiros sinais de que os partidos do prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), e do governador do Estado, Reinaldo Azambuja (PSDB), estavam concorrendo entre si vieram na primeira semana do mês.
Naquele período, o secretariado de Trad chegou a dar como certo o reajuste do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) em Campo Grande para 2022.
Na segunda semana de novembro, porém, houve uma mudança de rumo: o reajuste do tributo, um dos maiores responsáveis pela arrecadação do município, acabou não ocorrendo.
O anúncio do prefeito Marquinhos Trad, feito na segunda-feira (8), foi quase simultâneo a outra “boa ação” similar, feita pelo governo.
Naquela manhã, no Parque dos Poderes, Reinaldo Azambuja anunciava redução na alíquota do Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para 2022, e também a redução do limite de idade para a incidência do imposto nos automóveis.
Agora, carros com até 15 anos de uso pagarão o tributo estadual, liberando os veículos com idade entre 16 e 20 anos de uso, cujo tributo incidia até este exercício.