Aécio se reúne com FHC e Temer por ‘unidade da terceira via’

Deputado federal defendeu o nome do ex-governador tucano Eduardo Leite como alternativa de candidatura do bloco de partidos

Candidato derrotado nas eleições presidenciais de 2014, Aécio Neves voltou ao primeiro plano da articulação política, depois de um período de discrição. O deputado federal (PSDB-MG) teve encontros com dois ex-presidentes na última segunda-feira, 18, em discussões a respeito de uma possível candidatura de ‘terceira via’.

Em São Paulo, Aécio Neves se reuniu com Fernando Henrique Cardoso e Michel Temer. No encontro com FHC, discutiu o cenário dentro do partido de que ambos fazem parte. O PSDB aprovou a pré-candidatura de João Doria em prévias, mas vive turbulência interna e indefinição sobre a eleição de outubro.

“Ambos concordam que a unidade da terceira via é essencial para o surgimento de uma candidatura competitiva nas próximas eleições presidenciais”, indiciou uma nota no site de Aécio Neves, a respeito do encontro com FHC.

Com Doria em momento de indisposição com figuras importantes do partido, com ruptura com o próprio presidente da legenda, Bruno Araújo, o PSDB tem a chance de se aproximar de outras siglas. Uma delas é o MDB, de Michel Temer, que também vem articulando em nome de uma candidatura de ‘terceira via’, que desafie os favoritos Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No texto em seu site, Aécio voltou a defender a escolha de Eduardo Leite, candidato derrotado por Doria nas prévias do PSDB. O ex-governador do Rio Grande do Sul tem trabalhado nos bastidores para viabilizar seu nome dentro da frente de partidos, que também inclui União Brasil, MDB e Cidadania.

“O deputado Aécio Neves tem defendido a ideia de que o ex-governador Eduardo Leite é quem tem hoje as melhores condições de liderar o centro democrático, por sua baixa rejeição e pela exitosa experiência administrativa em seu Estado.”

Aécio Neves foi candidato à Presidência da República em 2014, derrotado por Dilma Rousseff (PT) no segundo turno, em disputa apertada, por 51% a 48% dos votos válidos.

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