Alçado à condição de conselheiro de Lula, o Grupo Prerrogativas desenhou um plano de reforma do Judiciário e tenta emplacar o texto no programa de governo do petista. Os integrantes do ajuntamento são anti-Lava Jato.
Conforme publicou o jornal O Estado de S. Paulo nesta segunda-feira, 17, a medida propõe mudar o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), além de adotar o “juiz de garantias”.
O Grupo Prerrogativas garante que as pautas são uma reação a “abusos” da Operação Lava Jato, que pôs Lula e outros condenados atrás das grades por diversos crimes, entre eles, corrupção e lavagem de dinheiro.-Publicidade-
“Quando o CNMP e o CNJ poderiam colocar limites ao autoritarismo de juízes e do MP, não o fizeram suficientemente”, afirmou o procurador aposentado Lenio Streck, do Prerrogativas. “Sergio Moro e todas as estripulias que ele fez só conseguiram ser resolvidos no STF, acrescentou. “A função do CNJ é otimizar o Judiciário. Não foi o que aconteceu.”
“Lula é a única liderança política capaz de conduzir um processo de revisão dos nossos mecanismos de fiscalização e controle, CNJ e CNMP, porque foi o presidente que mais respeitou as instituições”, disse Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do Prerrogativas. “Portanto, não tem nenhum constrangimento em oferecer apoio para ele. É consequência natural.”
Lula e o Prerrogativas
Criado em 2014 como uma reação de criminalistas à Lava Jato, o grupo age para “desconstruir” a imagem do ex-juiz Sergio Moro. O ajuntamento patrocinou um jantar em dezembro, em São Paulo, que marcou a primeira aparição de Lula ao lado do ex-governador Geraldo Alckmin.