Ações de conscientização sobre a Violência contra Mulher mobilizam CRAS em Agosto

Atividades, palestras e dinâmicas alusivas ao Agosto Lilás estão mobilizando a comunidade atendida pelos 21 Centros de Referência de Assistência Social (Cras), além dos Centros de Convivência do Idoso e Centros de Convivência. A ideia é levar informação e conscientização sobre temáticas que abordam a violência contra a mulher. No Cras Canguru, as ações tiveram início esta semana com uma estratégia de abordagem desenvolvida pela equipe multidisciplinar da unidade, que durante todo o mês terá como foco a entrega de material informativo às mulheres que chegam ao Cras em busca dos serviços oferecidos pelo espaço. Antes do início das abordagens à população, a coordenadora Marcia da Silva fez uma ação com os servidores da unidade, que também irão atuar nas oficinas que serão realizadas às terças e quintas-feiras e têm como público alvo os idosos do Serviço de Convivência. Durante as rodas de conversa e orientações, a equipe da unidade esclarece dúvidas sobre a Lei Maria da Penha, que prevê assistência às mulheres vítimas de violência, seja ela física, sexual, psicológica, moral ou patrimonial e ressalta as mudanças na solicitação de medidas protetivas, além de destacar os pontos que caracterizam um relacionamento abusivo. “Vamos trazer essa temática para o Cras também como forma de acolher e oferecer um apoio psicológico.

É importante trabalhar esse tema para que as mulheres percebam quando estão em uma relação que não respeita seus limites e individualidade e tenham forças, com o apoio da família, para sair dessa relação”, destacou Márcia. As ações serão concluídas dia 31, com uma palestra sobre o tema ministrada pela professora e psicóloga Nabiha Macksoud. Para a servidora do Cras Canguru, Patrícia Mazlum Seba, é importante discutir a violência contra a mulher com a população em vulnerabilidade já que, na sua opinião, as informações a respeito do tema nem sempre chegam à esta camada da população com facilidade. “As mulheres são discriminadas em todas as áreas e os Cras acolhem toda a comunidade, por isso é fundamental trabalhar essas questões na unidade porque é um espaço de informação e precisamos ajudar as mulheres que passam por situações de humilhação e desrespeito”, pontuou.

Parcerias e canais de denúncia

No Cras Vida Nova, a quinta-feira (03) também começou com palestra para as mulheres atendidas pelo Serviço de Convivência da unidade. Em parceria com a Guarda Civil Metropolitana e a equipe técnica da Casa da Mulher Brasileira, foi ministrada palestra pela psicóloga Rafaelle Fraiha Bonfim e a assistente social Nádia Rodrigues de Oliveira Jacobson, que detalharam o ciclo da violência para o qual a mulher deve ficar atenta, que teve início com as agressões e ameaças verbais, passando por um momento de desculpas feitas pelo agressor, até chegar às agressões físicas. “A violência existe onde não tem informação, por isso nossa preocupação é levar conhecimento sobre os canais onde buscar apoio porque a mulher precisa conhecer seus direitos. Ficamos muito felizes em ver a unidade lotada. É gratificante passar esse conhecimento e mostrar que elas podem contar com a gente e não sofrer em silêncio”, enfatizou a coordenadora do Cras Vida Nova, Adriana Nascimento. Durante a ação as mulheres também receberam informações sobre as atitudes que se enquadram como violência contra a mulher e como elas podem contribuir para combater as agressões. Usuária do Cras, a dona de casa Zenilda Cáceres, conta que participa das ações realizadas na unidade e aprova a iniciativa da campanha durante o mês de agosto. “É bom porque traz informações que não temos acesso às vezes e não compreendemos direito. É a oportunidade de tirar as dúvidas”, frisou. O secretário de Assistência Social do município, José Mário Antunes, marcou presença na palestra e ressaltou a importância de combater a violência contra a mulher. “Precisamos denunciar as agressões para cessar todo tipo de violência, levar informações para dar um basta nesta situação”, disse.

Mulheres que sofrem com qualquer tipo de violência podem ligar para:

Casa da Mulher Brasileira – 2020-1300 Delegacia da Mulher – 2020- 1319 Patrulha Maria da Penha – 153

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