A guerra de sanções falhou

Para Richard Black, coronel reformado dos EUA, as restrições impostas pelo Ocidente à Rússia em razão da invasão da Ucrânia fracassaram

Desde o início da guerra na Ucrânia, o Ocidente impôs sanções à Rússia, a fim de estrangular a economia do governo de Vladimir Putin. Ainda em março, no começo do conflito, o presidente dos EUA, Joe Biden, impôs uma proibição imediata do petróleo russo e de outras importações de energia, em retaliação.

No mesmo mês, os países da União Europeia também aprovaram pacotes de sanções econômicas contra a Rússia, na tentativa de encerrar a invasão da Ucrânia — foram realizados bloqueios contra investimentos no setor de energia, exportações de bens de luxo e importações de produtos siderúrgicos.

No entanto, apesar dos esforços para sufocar o sistema empresarial e financeiro russo, algo deu errado. Para o coronel reformado Richard Black, ex-chefe da Divisão de Direito Penal do Exército dos EUA no Pentágono, “qualquer um que espera que os russos quebrem com a perda da Gucci ou de hambúrgueres Big Mac não entende a psique russa”.

Em um vídeo que circula pelas redes sociais, ele aponta uma série de previsões que não se confirmaram. “O governo Biden jurou que o rublo russo seria reduzido a pó. Eles se gabavam de destruir a economia russa e inspirar uma revolução. Eles criariam tais dificuldades, que a Rússia se revoltaria e derrubaria seu presidente. Mas, hoje, o rublo é mais forte do que antes da guerra.”

Em outro trecho, o coronel critica a política do presidente norte-americano, Joe Biden: “Ditar políticas de sanções a nações soberanas está diminuindo o respeito do mundo pelos Estados Unidos”.

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