Por toda minha vida, alimentei a esperança de ver Figueirão nas mãos de um gestor ou gestora que combinasse integridade, coragem e uma verdadeira dedicação ao desenvolvimento de nossa cidade.
Apoiei com convicção o Prefeito Juvenal nas eleições de 2013, 2016 e 2020, acreditando profundamente que ele seria esse gestor. Sempre admirei sua história de vida, sua trajetória de professor e homem público, e confiava que ele traria uma gestão firme, segura e, acima de tudo, transparente. Eu até estive a frente do jurídico no início dos trabalhos.
No entanto, o que presenciamos foi uma realidade bem diferente. O Professor Juvenal, aquele que sempre imaginei ser um exemplo de liderança, acabou por decepcionar, demonstrando uma gestão distante das expectativas.
Ao invés de um homem firme em seus compromissos, vimos alguém que, ao longo da jornada como prefeito, foi cedendo às pressões e retrocedendo em promessas firmadas com a população.
As obras que tanto ansiávamos para ver progredir, não foram acompanhadas de perto por um líder enérgico, mas por um homem que parecia esgotado, cansado e exausto, ou seja, incapaz de exigir o ritmo necessário para o desenvolvimento de Figueirão.
A falta de explicações claras para certas decisões que impactaram diretamente a vida dos cidadãos e ofuscaram o brilho do compromisso assumido foi outro ponto alarmante. O que deveria ser uma gestão pública transparente tornou-se um enigma, principalmente porque as respostas para os questionamentos que fiz nunca surgiram. Espero até hoje, porque o manejo que se faz com a coisa pública me interessa bastante.
Apesar de ser um homem íntegro, honesto e de ficha limpa, o Porf. Juvenal, ao longo de sua gestão, não conseguiu superar os desafios que uma cidade como Figueirão exige de seu líder. Ao invés de se destacar como uma “flor de lótus” em meio ao caos, sua administração ficou marcada por omissões e retrocessos.
Agora, ao pleitear mais uma vez o cargo de prefeito, a alegação de que fez o suficiente pelo município soa vazia. A escolha de manter o mesmo vice-prefeito na chapa é um reflexo dessa desconexão com a realidade, pois ambos acreditam que o trabalho foi um sucesso, quando, na verdade, muitos figueirãoenses compartilham do sentimento de frustração e decepção.
O mais preocupante é que, no cenário atual, Figueirão desponta como a cidade “bola da vez” na região norte quando o assunto é desenvolvimento. Estamos em um momento crucial, onde o crescimento econômico e o empreendedorismo são as chaves para transformar nosso município em um polo de oportunidades. Isso exige um gestor com visão estratégica, focado em impulsionar o empreendedorismo local, atraindo investimentos e promovendo um ambiente de negócios favorável.
Infelizmente, o Professor Juvenal não demonstrou essa capacidade durante sua gestão. Em vez disso, sua administração se inclinou mais para o populismo, defendendo prioritariamente os interesses de uma única categoria: a dos servidores públicos. Embora essa categoria mereça atenção, não podemos esquecer a promessa que o alçou à prefeitura: governar para todos. Faltaram ações concretas que garantam um futuro próspero para toda a nossa cidade, não apenas para um grupo específico.
Meu apoio de anos, minha confiança depositada, tudo se transformou em uma profunda desilusão. Figueirão merece mais do que promessas não cumpridas e uma gestão que falha em comunicar suas ações.
Nossa cidade merece um líder que esteja presente, que cobre resultados e que respeite os princípios da transparência pública. Mas, acima de tudo, Figueirão precisa de alguém com visão empreendedora, que entenda as necessidades do nosso tempo e esteja preparado para conduzir a cidade para um futuro de crescimento.
Por tudo isso, não posso apoiar a reeleição do Professor Juvenal. Ele teve sua chance e falhou. Agora, é hora de buscarmos uma nova liderança, que traga esperança e mudanças reais para Figueirão.
O gestor que Figueirão necessita deve não apenas aproveitar cada oportunidade de desenvolvimento, mas também transformar a cidade em um solo fértil de oportunidades, onde todos e todas possam crescer e prosperar. É assim que tem se ser. Lembra, Professor?
E para mim, o Professor Juvenal não está a altura desse desafio, infelizmente, pois eu acreditei muito nele. Muito mesmo.
Paullyane Amorim
Cidadã brasileira, Ativista Político-social, Pensadora e Advogada