Rodrigo Constantino discorre sobre o propósito da espiral de silêncio da esquerda para abafar discursos que dela possam discordar, como nos esforços para difamar apoiadores de Jair Bolsonaro.
O colunista reflete especificamente sobre o caso do grupo de conversa de empresários simpáticos ao governo, exposto na última semana pela imprensa como uma suposta conspiração golpista.
“A esquerda não brinca em serviço. E o jogo é bruto, companheiro. O intuito aqui é claro: intimidar qualquer empresário ou indivíduo que ousarem apoiar Bolsonaro. Se nem mesmo grandes nomes, alguns bilionários, em conversas privadas num clube fechado, estão protegidos desse tipo de achaque, então todos podem ter vidas destruídas se resolverem se manifestar de forma mais veemente numa conversa de botequim.
O grupo não tem qualquer estrutura ou organização hierárquica, nenhuma ação prática derivada das conversas, nada parecido com uma célula terrorista, como um MST, MTST ou os black blocs. São apenas empresários debatendo sobre política, e alguns mais ativos destilando sua revolta com o quadro atual do país, que é mesmo revoltante pelo grau de ativismo político do Poder Judiciário, em particular do STF. Conversas privadas, reforçando. Transformaram isso num bloco golpista que atenta contra a democracia, nas narrativas midiáticas.”