Uma investigação conduzida pelo Comando Central dos EUA concluiu que o Irã foi o responsável pelo ataque que matou dois tripulantes do navio Mercer Street.
O Comando Central dos EUA (Centcom, na sigla em inglês) disse nesta sexta-feira (6), que os Estados Unidos concluíram que o drone que atacou o Mercer Street, petroleiro administrado pelo bilionário israelense Eyal Ofer, na costa de Omã foi fabricado no Irã.
“Especialistas americanos concluíram com base nas evidências de que o veículo aéreo não tripulado (UAV, sigla em inglês) foi produzido no Irã”, disse o Centcom em um comunicado à imprensa.
Ataque ao navio Mercer Street
Em 30 de julho, o petroleiro da Mercer Street foi atacado por um drone equipado com um explosivo de nível militar, matando dois tripulantes. O comandante do navio, um cidadão romeno, e um cidadão britânico que faziam parte da tripulação de segurança do navio.
Na ocasião, Teerã negou categoricamente ter algo a ver com o ataque ao Mercer Street no golfo de Omã. O Centcom acrescentou que o petroleiro foi alvo de dois ataques de drones mal sucedidos ainda no dia anterior.
O Reino Unido e Israel apóiam as conclusões dos EUA em sua investigação do ataque, disse o comunicado.
© REUTERS / RULA ROUHANAPetroleiro Mercer Street, atacado ao largo da costa de Omã, perto dos Emirados Árabes Unidos, 3 de agosto de 2021
O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse na semana passada que os três países se consultaram para determinar uma resposta apropriada contra o Irã.
Israel, Reino Unido, Libéria e Romênia, em duas cartas separadas ao Conselho de Segurança da ONU, disseram acreditar que o Irã foi o responsável pelo ataque. O Irã, por sua vez, disse que não recebeu nenhuma prova de seu envolvimento no ataque.