Reino Unido decidiu não desafiar águas territoriais chinesas no mar do Sul da China, diz Pequim

O grupo de ataque liderado pelo porta-aviões britânico HMS Queen Elizabeth não seguiu o exemplo dos EUA de se aproximar mais de 12 milhas náuticas das ilhas artificiais da China, disse a chancelaria chinesa.

O porta-aviões HMS Queen Elizabeth do Reino Unido e seu grupo de ataque não navegaram perto das ilhas artificiais de Pequim quando passaram pelo mar do Sul da China, anunciou o Ministério das Relações Exteriores da China, citado na quarta-feira (4) pelo jornal The South China Morning Post.

O HMS Queen Elizabeth e outras embarcações britânicas e norte-americanas estão na região para realizar exercícios de liberdade de navegação e manobras militares com outros países, nota a mídia.

Dessa forma, os navios de guerra britânicos não desafiaram diretamente a linha territorial de 12 milhas náuticas em torno das ilhas reivindicadas pela China, como o fizeram os EUA, comentou a chancelaria chinesa.

Segundo relatou no domingo (1º) o jornal The Guardian, fontes militares referiram não ter planos de encenar um confronto naval com a China no mar do Sul da China, depois que os militares chineses advertiram contra uma possível provocação. A chancelaria britânica não respondeu a um pedido de comentários.

“A China espera que os navios da Marinha de outras nações cumpram a lei internacional quando navegarem pelo mar do Sul da China, respeitem os direitos e a soberania das nações costeiras, e evitem ações que prejudiquem a paz regional”, disse. Uma fonte próxima ao Exército de Libertação Popular (ELP) da China expressou satisfação com “a atuação de baixo perfil do grupo liderado pelo porta-aviões britânico” na região.

O Reino Unido está alinhado com os EUA, que têm realizado operações de “liberdade de navegação” e exercícios militares na região da Ásia-Pacífico. O grupo liderado pelo HMS Queen Elizabeth zarpou do Reino Unido há dois meses, e realizará exercícios militares com os EUA, Austrália, França e Japão no mar das Filipinas até o final de 2021.

Quanto aos exercícios de liberdade de navegação na região, a China se opõe “à presença naval com objetivos provocativos”, de acordo com Wu Qian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China.

“Os militares chineses usarão todos os meios necessários para lidar com [ações provocativas] de forma resoluta e eficaz”, apontou ele no domingo (1º) ao The Guardian.

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