MRE chinês chama de ‘chantagem flagrante’ declarações de assessor de Biden

Pequim qualifica de chantagem e ameaça flagrante as declarações dos EUA que a China poderá enfrentar “o isolamento da comunidade internacional” se não cooperar com a investigação sobre a origem do coronavírus, diz MRE chinês.

Recentemente, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, declarou que Pequim ficará em “isolamento” se não permitir aos especialistas internacionais a entrada no país para investigar as circunstâncias do surgimento do SARS-CoV-2.

“As respectivas declarações do lado americano são chantagem flagrante e ameaças. A China expressa sua forte insatisfação e se opõe firmemente [a isso], nós nunca aceitaremos isso”, afirmou o porta-voz da chancelaria chinesa, Zhao Lijian, durante um briefing nesta segunda-feira (21).

De acordo com suas palavras, desde o início da pandemia a China tem tido um posicionamento aberto e transparente, tem compartilhado sem condições com outros países sua experiência no âmbito da prevenção e controle da epidemia, bem como de diagnóstico e tratamento da doença. Além disso, o porta-voz relembrou que o país asiático recebeu por duas vezes os peritos da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Pessoal de segurança vigia fora do Instituto de Virologia de Wuhan durante visita de equipe da Organização Mundial da Saúde (OMS) encarregada de investigar as origens da doença do novo coronavírus (COVID-19) em Wuhan, província de Hubei, China, 3 de fevereiro de 2021

© REUTERS / THOMAS PETERPessoal de segurança vigia fora do Instituto de Virologia de Wuhan durante visita de equipe da Organização Mundial da Saúde (OMS) encarregada de investigar as origens da doença do novo coronavírus (COVID-19) em Wuhan, província de Hubei, China, 3 de fevereiro de 2021

“As alegações que a China disse ‘não’ à investigação para determinação da origem do coronavírus, são infundadas, as declarações que a China ficará em isolamento internacional são uma intimidação intencional em um nível ainda maior”, apontou ele, adicionando que “a determinação da origem do coronavírus é uma questão científica, a qual deve ser estudada em cooperação por cientistas de todo o mundo e a qual não deve ser politizada arbitrariamente, o que tem o consenso da esmagadora maioria dos países”.

Anteriormente, o presidente dos EUA Joe Biden declarou, após a cúpula do G7, que não chegou a uma conclusão sobre a origem do coronavírus.

Em março, a OMS publicou uma versão completa do relatório dos especialistas internacionais sobre sua visita à cidade de Wuhan a fim de determinar a origem do SARS-CoV-2. O grupo de cientistas da OMS concluiu que era altamente improvável que o vírus tivesse tido origem em um laboratório, sugerindo que teria passado de animais selvagens para humanos.

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