Polícia Federal deflagra operação contra organização criminosa voltada à propagação de informações falsas

Na manhã desta quinta-feira, 12/9, a Polícia Federal deflagrou a Operação Teatro Invisível, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada para a propagação de informações e notícias falsas sobre determinados candidatos em campanhas eleitorais para o cargo de prefeito em mais de dez municípios do estado do Rio de Janeiro.

Policiais federais cumprem 4 mandados de prisão preventiva e 15 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Juízo da 8ª Zona Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro. Além disso, também foi determinado o bloqueio judicial de bens dos investigados, no valor total de R$ 1 milhão para cada investigado.

As investigações revelaram que a organização criminosa, por meio de seus líderes – que já chegaram a ocupar funções públicas em diversas cidades do estado do Rio de Janeiro -, desenvolveu um sofisticado e lucrativo esquema baseado na contratação de pessoas com o objetivo de influenciar no processo eleitoral de diversos municípios.

Tais contratados, após receberem as instruções dos coordenadores acerca da propagação de notícias falsas sobre um determinado candidato à Prefeitura Municipal, passavam a circular diariamente pelo município alvo, infiltrando-se em locais com aglomerações de pessoas como pontos de ônibus, padarias, filas de bancos, bares e mercados, difundindo aos eleitores falsas afirmações sobre um determinado postulante ao cargo de prefeito, no intuito de beneficiar o candidato para o qual o serviço criminoso fora contratado.

https://googleads.g.doubleclick.net/pagead/ads?client=ca-pub-2979575619479637&output=html&h=90&adk=2596215682&adf=3106146718&pi=t.aa~a.4239316893~i.13~rp.4&w=737&abgtt=7&fwrn=4&fwrnh=100&lmt=1726164271&num_ads=1&rafmt=1&armr=3&sem=mc&pwprc=3902524990&ad_type=text_image&format=737×90&url=https%3A%2F%2Fwww.msnews.net.br%2Fpolicia-federal-deflagra-operacao-contra-organizacao-criminosa-voltada-a-propagacao-de-informacoes-falsas%2F&host=ca-host-pub-2644536267352236&fwr=0&pra=3&rh=185&rw=737&rpe=1&resp_fmts=3&wgl=1&fa=27&uach=WyJXaW5kb3dzIiwiMTAuMC4wIiwieDg2IiwiIiwiMTI4LjAuNjYxMy4xMjEiLG51bGwsMCxudWxsLCI2NCIsW1siQ2hyb21pdW0iLCIxMjguMC42NjEzLjEyMSJdLFsiTm90O0E9QnJhbmQiLCIyNC4wLjAuMCJdLFsiR29vZ2xlIENocm9tZSIsIjEyOC4wLjY2MTMuMTIxIl1dLDBd&dt=1726164270519&bpp=2&bdt=776&idt=2&shv=r20240905&mjsv=m202409050101&ptt=9&saldr=aa&abxe=1&cookie=ID%3Daf2208aa9929165c%3AT%3D1723254395%3ART%3D1726164261%3AS%3DALNI_MZM0h9-N3RhpN_GdgMHNkd_cFbHaA&gpic=UID%3D00000ea7b736f64d%3AT%3D1723254395%3ART%3D1726164261%3AS%3DALNI_MYeg6qJC91V1WDvRINRMmj9PWXdRg&eo_id_str=ID%3D4e4954a0492e7213%3AT%3D1723254395%3ART%3D1726164261%3AS%3DAA-AfjZm7_4z62SYZUrNd-OYm7y7&prev_fmts=0x0%2C333x1145%2C333x250%2C1349x641&nras=3&correlator=7879568308077&frm=20&pv=1&u_tz=-180&u_his=4&u_h=768&u_w=1366&u_ah=728&u_aw=1366&u_cd=24&u_sd=1&dmc=8&adx=125&ady=2772&biw=1349&bih=641&scr_x=0&scr_y=225&eid=44759875%2C44759926%2C44759837%2C31086863%2C31086865%2C44795921%2C95338228%2C95341663%2C95342458%2C95339860%2C95341671&oid=2&pvsid=404398012750043&tmod=1531251013&uas=3&nvt=1&ref=https%3A%2F%2Fwww.msnews.net.br%2F&fc=1408&brdim=0%2C0%2C0%2C0%2C1366%2C0%2C1366%2C728%2C1366%2C641&vis=1&rsz=%7C%7Cs%7C&abl=NS&fu=128&bc=31&bz=1&td=1&tdf=2&psd=W251bGwsbnVsbCxudWxsLDNd&nt=1&ifi=5&uci=a!5&btvi=2&fsb=1&dtd=1221

Apurou-se que os atores contratados, propagadores das informações falsas recebiam R$ 2 mil por mês para exercer tal função, e que os coordenadores da empreitada criminosa recebiam dos líderes da organização a quantia mensal de R$ 5 mil, além de serem contratados pela própria Prefeitura Municipal. No ano eleitoral, quando o esquema entrava em vigor, os coordenadores eram exonerados de seus cargos e substituídos por “laranjas” – possíveis funcionários fantasmas –, a fim de manter o “direito” sobre eles.

A “campanha” de propaganda criminosa possuía um processo de aferição de resultado incluído no seu planejamento por meio da elaboração de relatórios diários das atividades, com a especificação da quantidade de eleitores abordados por dia, número de votantes em cada candidato e o total de eleitores convertidos para o candidato beneficiário do esquema criminoso.

Os autores dos fatos são investigados por organização criminosa, desvio de funcionários públicos para a atuação no grupo criminoso, utilização de “laranjas” para burlar incompatibilidades com o exercício da função pública, lavagem de dinheiro, constrangimento ilegal de servidores (assédio eleitoral), bem como os tipos penais ligados à difusão de notícias falsas e/ou desinformação, previstos no Código Eleitoral.

Apesar de a organização criminosa concentrar a sua atuação e os seus membros residirem majoritariamente no município de São João de Meriti/RJ, comprovou-se que o esquema criminoso foi contratado e exportado para ao menos outras dez cidades do estado do Rio de Janeiro.

A investigação foi conduzida pela Divisão de Repressão a Crimes Eleitorais (DRCE) e pela PF no Rio de Janeiro, contando ainda com o apoio do Ministério Público Eleitoral.

Balanço Final

– 4 presos (MPP) e 15 mandados de busca e apreensão cumpridos (MBA);

Apreensões:

– R$ 188.300,00, em espécie;
– ⁠3 veículos de luxo blindados;
– ⁠celulares;
– ⁠dispositivos eletrônicos e mídias de armazenamento;
– ⁠documentos diversos.

Com informações:

Comunicação Social da Polícia Federal no Rio de Janeiro
scs.srrj@pf.gov.br
(21) 2203-4404

WhatsApp Image 2021-05-07 at 18.20.12