Ex-procurador da Lava Jato foi sufocado por decisões judiciais do STF e TSE.
O deputado cassado e ex-procurador da República Deltan Dallagnol (Podemos-PR) confirmou que não vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar recuperar o mandato.
Em nota, o ex-parlamentar sustenta que ‘não há justiça no Supremo’.
“Eu seria julgado pelos mesmos ministros que cassaram meu mandato em um exercício de futurologia e pelos mesmos ministros que mataram a Lava Jato”, declarou.
Ao abrir mão do recurso, o ex-chefe da Operação Lava Jato também abre mão de um retorno à vida política nos próximos oito anos. Isso porque, além da cassação, ele também ficou inelegível. Dallagnol foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
Ainda assim, Dallagnol poderia acionar o STF, mas ciente de que a chance de vitória era considerada quase inexistente. O Supremo, atualmente, tem uma composição anti-Lava Jato, entre eles o ministro Gilmar Mendes, que não esconde suas críticas aos ex-integrantes da força-tarefa.
“Quem deveria proteger a Constituição e a democracia a ataca e mina de dentro. Ministros do Supremo que se diziam garantistas para aliados do poder se revelaram punitivistas para quem consideram adversário do sistema”, completou Dallagnol.