As sanções econômicas impostas pelos EUA e seus aliados contra a Rússia devido à escalada do conflito ucraniano no ano passado, bem como ações hostis de certos Estados ocidentais, como a destruição dos gasodutos Nord Stream (Corrente do Norte), cortaram efetivamente muitos países europeus do fornecimento de gás natural russo barato.
As perspectivas de uma greve dos trabalhadores em plataformas offshore na Austrália aparentemente levaram a um aumento nos preços futuros do gás na Europa hoje.
Na semana passada, os sindicatos das plataformas de gás offshore North West Shelf do Woodside Energy Group anunciaram planos de lançar uma greve, que pode começar já no dia 2 de setembro. Alguns meios de comunicação alertaram que esse desenvolvimento pode resultar na interrupção do gás natural liquefeito (GNL) da Austrália.
Embora ainda não esteja claro se a greve vai acabar ocorrendo ou se os patrões vão chegar a algum acordo com o sindicato, os futuros de gás de setembro no mercado virtual de comércio de gás com sede em Amsterdã Title Transfer Facility (TTF) abriram em US$ 478,1 (R$ 2.386,20) por 1.000 metros cúbicos, apresentando um aumento de 16,5%.
No final do dia, o preço caiu para US$ 458,8 (R$ 2.288,82), o que ainda representa um aumento de 11,8%.
Um meio de comunicação sugeriu que, embora a Europa raramente receba combustível da Austrália, esse aumento de preço foi causado por comerciantes preocupados com a possibilidade de aumentar a concorrência por “cargas alternativas” se os embarques de gás para a Ásia forem interrompidos.
Enquanto isso, os preços do petróleo também subiram hoje devido à queda nas exportações da Arábia Saudita e da Rússia.
Os preços do Brent e do petróleo bruto WTI subiram 61 (R$ 3,04) e 63 (R$ 3,14) centavos de dólar, respectivamente: o barril do Brent foi negociado a US$ 85,41 (R$ 426,04) enquanto o barril do WTI foi negociado a US$ 81,88 (R$ 408,43).
Esse desenvolvimento ocorreu em meio ao que parece ser uma diminuição global na oferta e aumento na demanda, de acordo com relatos da mídia.