São Paulo – O PM aposentado Ricardo Boide, de 54 anos, foi amarrado, espancado e torturado na frente da família antes de ser executado com diversos tiros por uma quadrilha especializada em assaltar residências.
O policial militar foi morto por um grupo que estava sendo investigado desde janeiro pela Polícia Civil, segundo informou o delegado seccional de Taboão da Serra, Hélio Bressan, nesta quarta-feira (5/7).
Seis homens invadiram a casa de Ricardo na noite de terça (4) enquanto ele não estava e renderam sua família. Quando reviravam o imóvel à procura de dinheiro e objetos de valor, descobriram que a residência pertencia a um PM.
Quando o tenente aposentado chegou, foi amarrado, agredido, torturado e sequestrado, mesmo depois de ter dado o celular e senhas bancárias.
A família contou à polícia que os bandidos fizeram uma ligação de videochamada enquanto torturavam o PM para mostrar as agressões. Não se sabe ainda que estava do outro lado da linha.
O corpo dele foi encontrado pela manhã com várias marcas de tiros no bairro Jardim São Marcos, na área rural de Itapecerica da Serra, Grande São Paulo, próximo da casa do oficial.
Quadrilha violenta
De acordo com o delegado Bressan, a quadrilha teria cometido pelo menos outros sete assaltos em residências, geralmente localizadas em condomínios de chácaras, na mesma região. O policial disse que o grupo é violento e formado por pelo menos 15 pessoas, das quais 11 foram presas nesta quarta.
Bressan disse ter fortes motivos para acreditar que Boide foi executado por ser policial: “Mas vamos comprovar isso ao longo das investigações”.
O delegado explicou que a quadrilha sempre agia de forma agressiva, batiam nas vítimas e exigiam que eles fizessem transferência bancárias. Além disso, roubavam objetos de valores, bens, carros e armas.