A taxa básica de juros brasileira (Selic) não sobe desde junho de 2022, mas o país continua no topo do ranking global de juros reais, segundo levantamento compilado pelo MoneYou. Já a Argentina, que enfrenta uma hiperinflação, ocupa a última posição na lista de 40 países (veja mais abaixo).
Em decisão nesta quarta-feira (21), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central manteve a taxa básica de juros inalterada, em 13,75% ao ano.
Descontada a inflação esperada para os próximos 12 meses – de 4,10%, segundo relatório Focus, do BC – os juros reais ficaram em 7,54%. A taxa é sufiente para manter o país no topo da lista, acima de México, Colômbia, Chile e África do Sul.
Sede do Banco Central em Brasília — Foto: Raphael Ribeiro/BCB
A taxa de juros real é calculada com o abatimento da inflação prevista para os próximos 12 meses, sendo considerada uma medida melhor para comparação com outros países.
VEJA O RANKING ABAIXO:
Juros nominais
Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira se manteve na segunda posição – atrás apenas da Argentina, onde a taxa é de 97%, mas a hiperinflação derruba a taxa real.
Veja abaixo:
- Argentina: 97,00%
- Brasil: 13,75%
- Colômbia: 13,25%
- Hungria: 13,00%
- Chile: 11,25%
- México: 11,25%
- Turquia: 8,50%
- África do Sul: 8,25%
- Rússia: 7,50%
- República Checa: 7,00%
- Polônia: 6,75%
- Índia: 6,60%
- Filipinas: 6,25%
- Indonésia: 5,75%
- Hong Kong: 5,25%
- Nova Zelândia: 5,25%
- Estados Unidos: 5,00%
- Canadá: 4,75%
- Cingapura: 3,78%
- Israel: 4,50%
- China: 4,35%
- Reino Unido: 4,25%
- Austrália: 4,10%
- Alemanha: 4,00%
- Áustria: 4,00%
- Espanha: 4,00%
- Grécia: 4,00%
- Holanda: 4,00%
- Portugal: 4,00%
- Suécia: 4,00%
- Coreia do Sul: 3,50%
- Bélgica: 4,00%
- França: 4,00%
- Itália: 4,00%
- Malásia: 3,00%
- Dinamarca: 2,60%
- Tailândia: 2,42%
- Taiwan: 1,88%
- Japão: -0,10%
- Suíça: -0,75%