O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve a possibilidade de que decisões monocráticas sejam tomadas contra atos de outros poderes.
Em sessão desta quarta-feira (1º/7), os ministros rejeitaram a proposta de Marco Aurélio para alterar o Regimento Interno da corte.
A proposta do vice-decano ocorreu após Alexandre de Moraes impedir que o presidente Jair Bolsonaro nomeasse Alexandre Ramagem como chefe da Polícia Federal.
Se a proposta fosse aprovada, os ministros não poderiam decidir sozinhos sobre questões que interferissem no Executivo e Legislativo.
A crítica do ministro sobre o excesso de monocráticas é antiga. Ele defendia o princípio da autocontenção e a valorização pela palavra dos julgamentos no colegiado.
No entanto, os ministros seguiram a divergência apresentada pelo ministro Alexandre de Moraes. Ele defendeu as decisões monocráticas como “instrumento apto à proteção da ordem constitucional”.
Acompanharam o voto os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Rosa Weber e Dias Toffoli.
Alexandre também reclamou que a redação da proposta “é excessivamente vaga, em especial no que se refere à expressão ’em jogo ato de outro Poder, formalizado no campo da essencialidade’”.
Segundo o ministro, caso o texto fosse aprovado, “haveria uma redução desproporcional do campo de atuação do Supremo Tribunal Federal em face de atos do Executivo e do Legislativo”.
Com informações, Conjur