O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo Urbano de Campo Grande (STTCU-CG ) após reunião com o Consórcio Guaicurus, decidiu realizar greve do transporte coletivo nesta quarta-feira (18), e com isso pode prejudicar uma série de trabalhadores que utilizam o meio de transporte para locomoção.
Com base no artigo 11, da Lei 7.783 de 28 de junho de 1989, o advogado Rodrigo Perini, explica que caso haja falta, os trabalhadores podem ter o dia descontado de trabalho, já que a Lei de Greves prevê que os serviços essenciais só podem entrar em greve caso deixem uma porcentagem mínima exigida em atividade e o transporte coletivo é um dos serviços essenciais.
Por dia, cerca de 120 mil pessoas utilizam o transporte, nesse sentido, em conversa com o Correio do Estado, o advogado trabalhista Décio Braga, explicou que a situação entre patrão e empregado pode ser resolvida com diálogo.
“O funcionário tem de ligar pro patrão e avisar que está acontecendo uma greve, que está no ponto de ônibus e vai chegar atrasado, ele tem que comunicar para não sofrer nenhuma represália. Mandar mensagem e conversar com o patrão se há disponibilidade dele pegar outra condução mais cara, se o patrão vai arcar com essa despesa, de toda forma tem de comunicar o patrão”.
Segundo o advogado, o que não pode é o funcionário não aparecer no trabalho e depois alegar que não tinha transporte, nessa situação pode ser prejudicado. “Não basta tão somente o empregado falar que não vai por não ter transporte. E também, conforme falado no Direito, precisa ser um ato contínuo, avisar imediatamente, depois de um mês, aparecer e justificar que faltou porque teve greve. Não pode esperar”, acrescenta.
Entenda
A decisão de dar início a paralisação do transporte coletivo aconteceu na manhã de terça-feira (17). O presidente do Sindicato dos Trabalhadores (STTCU-CG), Demétrio Ferreira, afirmou que após a reunião com os representantes do Consórcio Guaicurus, disseram que não possuem condições de firmar compromisso e não estão abertos para negociações.
O objetivo é que a partir da paralisação, a diretoria seja pressionada e volte com as negociações para atender as demandas dos trabalhadores do transporte coletivo.
Na tarde desta terça-feira, o Consórcio Guaicurus afirmou que acirou a justiça para impedir a paralisação, por meio da Justiça do Trabalho.