Diante da desistência de João Dória (PSDB), ex-governador de São Paulo, em disputar à Presidência da República, o governador de Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, também tucano, afirmou que ainda não há como garantir se dará apoio à candidatura de Simone Tebet (MDB) porque isso dependeria do comando nacional da legenda da qual faz parte. No âmbito nacional, as duas legendas como caminhar juntas na disputa pela sucessão do presidente Jair Bolsonaro.
Simone foi confirmada como pré-candidata à Presidência na quarta-feira passada (18) pelo comando dos partidos que integram a chamada 3ª Via, o MDB, PSDB e o Cidadania.
Ontem (23), Dória renunciou a pré-candidatura por enfrentar resistência internas no PSDB.
Neste cenário, Azambuja disse que não garante apoio à candidatura de Tebet por que as alianças partidárias não dependem apenas do diretório estadual e o PSDB nacional terá que analisar qual o melhor caminho para as alianças partidárias
“Existem várias alternativas, várias opções, isso é uma decisão que passa pelas instâncias da executiva nacional, mas que com certeza serão ouvidos os diretórios estaduais. Vamos aguardar qual o posicionamento do PSDB aqui no estado”, afirmou Azambuja, na manhã desta terça-feira.
Governador de MS afirma que apoio do PSDB à Simone Tebet depende do comando nacional da legenda – Marcelo Victor
O governador ainda lembrou que um possível apoio à Tebet ainda esbarra em outros questões porque o MDB tem candidato ao governo de MS e isso deveria ser discutido entre a executiva nacional de ambos partidos e as legendas aliadas. O emedebista que concorrerá ao governo será André Puccinelli, que já ocupou o cargo em ano anteriores.
“Acho que é muito prematuro discutir nomes, temos que entender qual vai ser a dinâmica que as executivas nacionais. A única coisa que me reservo é que decisão nenhuma será imposta pra nós ‘goela abaixo’, temos nossa autonomia para tomada de decisões e o faremos naquilo que a gente entender que é o melhor para Mato Grosso do Sul.
Governo de MS
Na mesma oportunidade, Azambuja ainda disse que um possível apoio à Simone não iria interferir na campanha de Eduardo Riedel, candidato do PSDB ao Governo de MS, uma vez que ele já manifestou apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PL) e à Tereza Cristina, que deixou o Ministério da Agricultura, da Pecuária e Abastecimento para concorrer ao Senado, também sendo apoiada por Bolsonaro.
“ Acho que agora até as convenções, esses partidos desse centro democrático vão discutir quais as melhores opções, mas não vejo que afete em nada”, concluiu.
Retorno de Leite
Em relação à uma possível volta de Eduardo Leite, ex-governador do Rio Grande do Sul, também do PSDB, à corrida eleitoral depois da desistência da Dória, Azambuja afirmou que não é um cenário impossível de acontecer, já que Leite e Dória disputaram o apoio interno da legenda nas prévias do partido.
“No momento em que você tem a desistência de quem ganhou as prévias, abre para que qualquer filiado que esteja apto possa colocar seu nome. Não que isso se concretize, mas já houve algumas lideranças nacionais do PSDB discutindo a possibilidade de Eduardo voltar como um dos candidatos da legenda à Presidência.”, pontuou.