Bolsonaro cobra Moraes após falas de Lula: “Vai ficar quieto?”

Para presidente, declarações recentes do petista são "antidemocráticas"

O presidente Jair Bolsonaro classificou como “antidemocráticas” as falas recentes do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) convocando militantes a se manifestarem diante da casa de parlamentares. O chefe do Executivo cobrou Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) responsável pelo inquérito dos atos antidemocráticos, a tomar providências sobre o caso.

– Tem imagem e vídeo dele [Lula] falando para ir procurar familiares de parlamentares para pressionar. Ah, meu Deus do céu, não interessa quem seja o deputado ou o senador, sua esposa e seus filhos não tem que estar nesse contexto todo. É forma de intimidar o cara. […] Não é de agora que PT pretende fazer isso aí. Pela intimidação […] Tem que fazer o que eles querem senão vão atazanar a vida da sua família. Isso é interferência. Isso é um crime, isso é um ato antidemocrático. Ô Alexandre de Moraes, isso é antidemocrático. Vai ficar quieto? É contra isso que nós lutamos – declarou o chefe do Executivo em entrevista ao jornal O Liberal.

Na última semana, Lula afirmou que protestos em frente ao Congresso não surtem mais efeito, e orientou sindicalistas a buscarem os endereços dos parlamentares para pressionar por pautas que eles consideram relevantes.

– Se a gente mapeasse o endereço de cada deputado e fossem 50 pessoas na casa, não é para xingar não, é para conversar com ele, com a mulher dele, com o filho dele, incomodar a tranquilidade dele, surte muito mais efeito do que fazer a manifestação em Brasília – declarou o petista, na Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Bolsonaro também criticou o seu rival nas urnas por defender a legalização do aborto no Brasil.

– Lula quer também, transformar o aborto como se você fosse no dentista tirar um dente ou vai no médico pra fazer um aborto, é a mesma coisa. Não tem qualquer respeito pela vida humana. O Lula é o genocida de inocentes quando ele prega abertamente o aborto no Brasil. Ele, inclusive, critica pastores e padres o tempo todo, querendo tirar a credibilidade que eles têm perante as suas comunidades – acrescentou o líder do Planalto.

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