Tereza Cristina afirma que Brasil tem estoque de fertilizantes até outubro

Expectativa é que governo lance ainda em março o Plano Nacional de Fertilizantes

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse nesta quarta-feira, 2, que o Brasil tem estoque de fertilizantes até a próxima safra, em outubro. Segundo ela, o maior gargalo do país é o potássio, com mais de 90% do consumo nacional importado.

Tereza Cristina afirmou que a situação no Leste Europeu é “preocupante” e está sendo “acompanhada com cautela”. As declarações foram dadas em entrevista à CNN Brasil.

“Esse é o produto que temos mais preocupação, e por isso já estávamos articulando com outros países produtores de potássio, como o Canadá, que é o maior produtor.”

Sobre a possibilidade de um amento de preços dos alimentos, Tereza Cristina disse que não consegue fazer previsões sobre o futuro, pois os impactos do conflito na Ucrânia ao Brasil dependem do andamento da situação no Leste Europeu.por taboolaLinks promovidosVocê pode gostarLivre-se dos navegadores convencionais, mude para o OperaOperaBaixarEm manifesto pela Ucrânia, presidenciáveis criticam o governo

A ministra considerou que o país espera que “o bom senso e o equilíbrio prevaleçam e que essa guerra acabe rapidamente”. “Claro que se essa guerra durar mais tempo, essas consequências serão maiores”, avaliou.

Plano Nacional de Fertilizantes

Também nesta quarta-feira, 2, Tereza Cristina disse que o Plano Nacional de Fertilizantes já está pronto e que deve ser lançado até o dia 17 deste mês. O plano está atualmente em processo de revisão dentro do governo.

A ministra destacou a possibilidade e o potencial de maior utilização de minas de potássio e minas de fósforo em território nacional, além da obtenção de ureia através do novo marco legal do gás.

“Estamos trabalhando para ter o menor dano possível e o Brasil caminhar para cada vez mais ter produção interna porque isso nos dá garantia de segurança alimentar e segurança nacional da produção”, afirmou.

No entanto, Tereza Cristina garantiu que com o atual cenário “o Brasil, graças a Deus, é um dos poucos países que pode ter a certeza que não terá problema de abastecimento”.

Segundo a ministra, a guerra na Ucrânia possibilitou que o país visse com mais atenção as fragilidades na produção interna. “Espero que possamos avançar na legislação e na área ambiental”, disse.

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