A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) aprovou nesta terça-feira, 25, que o Brasil inicie formalmente as negociações para ingresso na entidade.
O ingresso no chamado “clube dos países ricos” é uma das prioridades da política externa do governo Jair Bolsonaro (PL). O pedido formal de adesão à OCDE ocorreu em 2017.
Há tempos, os membros do organismo multilateral já vinham dando sinais positivos sobre o ingresso do país, mas os trâmites estavam paralisados por causa de discussões a respeito de como deveria ocorrer o crescimento da entidade.
“Os países candidatos poderão usar o processo de adesão para promover novas reformas, em benefício de seu povo, ao mesmo tempo em que fortalecem a OCDE como uma comunidade de mentalidade semelhante, comprometida com uma ordem internacional baseada em regras”, afirmou o secretário-geral da OCDE, Mathias Cormann.
Agora, inicia-se um processo de negociação, que deve durar pelo menos dois anos. A média para a conclusão do processo dos últimos membros foi de quatro anos.
Para ter sucesso, o Brasil vai precisar aderir a uma série de instrumentos normativos da entidade, além de ter a sua candidatura analisada em diversos comitês.
O Brasil já vem adotando várias dessas normas, justamente para mostrar seu interesse em fazer parte do grupo. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, até o momento, o país aderiu a 103 dos 251 instrumentos.
No encontro, também foi aprovada a abertura do processo de análise de outros cinco candidatos que pleiteavam uma vaga na OCDE: Argentina, Peru, Croácia, Bulgária e Romênia.
Considerada uma espécie de “clube dos países ricos”, os membros da OCDE se comprometem com o cumprimento de boas práticas para o funcionamento de seus governos e economias.