Depois de endossar a campanha de Joe Biden em 2020, a revista The Economist fez duras críticas ao presidente dos Estados Unidos. Nesta quinta-feira, 20, a publicação subiu o tom contra o democrata ao analisar seus 12 meses no poder: “Sempre esteve fadado ao fracasso”, informa o título do editorial.
“Prolixo e dado a cometer erros, ao mesmo tempo cauteloso e instável demais, o presidente de 79 anos raramente empolgou os corações democratas, mesmo antes de envelhecer”, ressalta um trecho do texto. O artigo fala ainda em “demência” do atual chefe do Executivo, hipótese levantada por adversários.
A Economist sugere ainda que Biden não está à altura do cargo ao criticar sua ausência de habilidades: “A modéstia de seus talentos era tão óbvia na campanha que parecia quase um perverso apelo publicitário — apoiando a evidência de sua promessa de restabelecer normalidade e moderação”.
Conforme a revista, os americanos encontram-se liderados em meio a períodos turbulentos pelo presidente menos carismático e menos capaz politicamente desde George H. W. Bush, em alusão aos baixos índices de popularidade de Biden. O presidente completou um ano no governo em maus lençóis.
Entre as derrotas de Biden nos primeiros 12 meses no poder, a Economist cita o fracasso da retirada no Afeganistão, a pandemia e os péssimos índices econômicos. “Disso decorre que a capacidade de Biden se recuperar é limitada, não obstante, uma modesta melhora em seus mais recentes esforços”
Endosso da The Economist a Biden
Em 29 de outubro de 2020, durante a campanha à Presidência da República, a Economist publicou o editorial “Por que tem de ser Biden”. No texto, a revista enumera argumentos pró-Biden que o qualificaria para a Casa Branca.
“Joe Biden não é uma cura milagrosa para o que aflige a América. Mas ele é um bom homem que vai restaurar a estabilidade e a civilidade da Casa Branca”, salientou o texto. “Ele está preparado para começar a longa e difícil tarefa de reconstruir um país fraturado novamente.”