“Asteroides e cometas impactaram a Terra no passado, e eles certamente vão impactar no futuro. A questão é quando”. A declaração foi dada pela astrônoma Amy Mainzer, da Universidade do Arizona.
Mainzer foi a assessora do filme “Não Olhe Para Cima” (Netflix), um dos maiores sucessos nos serviços de streaming dos últimos tempos. O filme mostra a aproximação de um cometa “matador de planetas”. Outros filmes já tinham tratado do tema, como Impacto Profundo, de 1998.
Segundo matéria do jornal britânico The Times, para extinguir a vida na Terra o asteroide teria que ter pelo menos 8 quilômetros de comprimento, semelhante à rocha que extinguiu os dinossauros há milhões de anos.
“Tal objeto transformaria uma área de centenas de quilômetros em rocha derretida no impacto, enviando uma onda de choque devastadora em todas as direções”, informa a matéria do Times. “A poeira e o gás resultantes do impacto bloqueariam o sol, enquanto as cinzas cairiam como uma chuva de fogo. A maior parte, senão toda a Terra se tornaria inabitável.
Segundo a NASA, a Agência Espacial Europeia e outras organizações, não existe nenhuma ameaça desse tamanho prevista para os próximos 100 anos. Mas asteroides menores e cometas são mais difíceis de serem localizados. Um deles explodiu na Rússia em 2013 com o poder de 440 mil toneladas de TNT, ferindo 1.600 pessoas.
Em setembro a nave Dart, da NASA, vai se chocar com um asteroide chamado Dimorphos para testar se é possível desviar a sua trajetória. Uma organização chamada Asgardia está propondo, segundo o The Times, uma “política de seguro para toda a vida na Terra”, através de iniciativas como a Dart.