O gabinete do senador Davi Alcolumbre, ex-presidente do Senado, teria recebido R$ 2 milhões em um esquema de “rachadinha”, segundo informações da revista “Veja”.
De acordo com a reportagem, nomes de alta confiança do parlamentar recolhiam parte do salário de seis assessoras, que à época ganhavam entre R$ 4 mil e R$ 14 mil reais.
Conforme a matéria, as funcionárias também entregavam ao senador benefícios e verbas rescisórias as quais elas teriam direito.
O esquema funcionou teria funcionado entre janeiro de 2016 até março deste ano. No período, Alcolumbre foi presidente do Senado de fevereiro de 2019 a dezembro do ano passado. Atualmente, ele está à frente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Ainda de acordo com a Veja, para cumprir o repasse da maior parte de seus salários ao parlamentar, as assessoras foram direcionadas a criar abrir conta no banco e, a partir disso, entregar o cartão com a senha para pessoas de confiança de Alcolumbre.
Em troca, recebiam uma pequena gratificação, que, em alguns casos, não correspondia a 10% do salário.
O outro lado
Por meio de uma nota oficial, o senador negou todas as acusações, assegurando ser alvo de uma “orquestração por uma questão e institucional da CCJ”.
“Nunca em hipótese alguma, em tempo algum, tratei, procurei, sugeri ou me envolvi nos fatos mencionados que somente tomei conhecimento agora”, disse Alcolumbre.
Ele também afirmou considerar ‘repudiável’ a conduta de confisco de salários. Por fim, disse que irá tomar as “providências necessárias para que as autoridades competentes investiguem os fatos”.