Discretamente, André Mendonça, ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-advogado-geral da União, segue percorrendo gabinetes no Senado em busca de apoio para assumir a vaga deixada pelo ministro Marco Aurélio Mello no Supremo Tribunal Federal.
O jurista já foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, mas o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que tem resistências a Mendonça, não pautou até agora a sabatina. Já faz mais de dois meses que a cadeira está vaga na mais alta Corte do país.
Assim como em outros dias, nesta terça-feira, 14, a reportagem de Oeste viu André Mendonça percorrendo os corredores do Senado entre reuniões com senadores. O primeiro desafio dele é ser aprovado na CCJ, precisa de maioria simples — 14 votos, caso não haja abstenções.
Depois, seu nome vai para o plenário, onde tem de ter o sinal verde de 41 dos 81 senadores. Antes de tudo isso, no entanto, é preciso que Alcolumbre dê o pontapé inicial; mas segurar a indicação tem sido uma estratégia do senador, que, regimentalmente, não tem prazo para pautar a questão.