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Pesquisadores da Kaunas University of Technology (KTU), na Lituânia, desenvolveram uma metodologia capaz de identificar os estágios iniciais do Alzheimer por meio de uma análise minuciosa de imagens cerebrais. A tecnologia, que garante 99% de precisão, utiliza inteligência artificial e Deep Learning — um subcampo do machine learning, que usa algoritmos, ou redes neurais artificiais — para simular o raciocínio do cérebro humano e interpretar dados de forma mais eficiente.

O estudo, realizado a partir de exames de ressonância magnética de 138 participantes, foi publicado nesta semana no Journal Diagnostics e pode ser um divisor de águas para o diagnóstico precoce do Alzheimer e da demência.

Maior a precisão, maior o avanço

Os pesquisadores observaram que o desempenho da nova tecnologia é superior aos métodos criados anteriormente, em termos de sensibilidade, de especificidade e, principalmente, de precisão do algoritmo. “Precisamos compartilhar os dados e explorar ao máximo o potencial dessa metodologia, para que seja possível aperfeiçoá-la ainda mais”, declarou o médico Rytis Maskeliūnas, pesquisador do Departamento de Engenharia Multimídia da KTU, em entrevista a Euronews. “Vale frisar que a tecnologia pode tornar a medicina mais barata, ágil e acessível, porém não substitui a capacidade de avaliação de um médico especialista”, afirmou Maskeliūnas.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, mais de 55 milhões de pessoas no mundo apresentam algum tipo de demência. O Alzheimer, que afeta 24 milhões de pessoas, é a forma mais frequente de demência, representando até 70% dos casos globais. No Brasil, cerca de 1 milhão de pessoas sofrem desse distúrbio, e mais da metade tem Alzheimer. Esses números devem quadruplicar em 30 anos, segundo dados divulgados pela Academia Brasileira de Neurologia.

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