O Pronto Atendimento Médico (PAM) do Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian irá fechar as portas às 15h desta quarta-feira (25), por conta da superlotação que se encontra no local.
No PAM, muitos pacientes estão sendo atendidos no chão em macas do Corpo de Bombeiros.
Segundo nota da assessoria, a capacidade instalada e contratada é de 18 leitos, sendo que a equipe assistencial e médica é direcionada para atender esse quantitativo de pessoas.
“Hoje temos a área verde com mais de 1000% de superlotação. A regulação segue adicionando mais pacientes nas áreas onde é essencial que haja espaço físico adequado, monitorização, profissionais, higiene e tempo para o cuidado”, disse o hospital em nota.
“Paciente crítico são retirados de Unidades de Pronto Atendimento ou Postos de Saúde, encaminhados para o hospital e permanecem em macas retas por dias, sem monitorização ou dimensionamento adequado de espaço e funcionários, não sendo este considerado o cuidado adequado ao paciente”, continuou.
No momento, o PAM adulto tem 37 pacientes para apenas três vagas na ala verde, e oito pacientes na vermelha que tem apenas seis vagas, sendo que um está com Covid-19 e aguarda liberação para o Hospital Regional, além de esperar a chegada de mais enfermos vindo de cidades do interior, as famosas “vagas zero”.
Em relação à triagem respiratória, hoje tem três pacientes, para uma vaga e a amarela conta com quatro enfermos para quatro vagas.
“O Humap-UFMS não tem autonomia para gerir a falta de vagas, mas de gerir as vagas que efetivamente existem. Uma superlotação de 1000% não é aceitável, cabível ou executável e não pode ser considerada um meio para um fim, pois, este meio, custa eventos adversos, por vezes irreversíveis”, completou a nota da assessoria.
O fechamento do PAM permanecerá até que os pacientes possam ser remanejados para leitos adequados e a Central de Regulação volte a respeitar a capacidade instalada e contratada.
A Secretaria Municipal de Saúde emitiu um comunicado no qual diz que está em contato com o HU e outros hospitais para realizar a transferência de alguns pacientes para unidades onde a lotação está menor com o objetivo de desviar o fluxo.
“A Sesau está fazendo com que pacientes que normalmente seriam encaminhados para o HU sejam levados para outros hospitais, a fim de assegurar a assistência dos mesmos e reduzir a sobrecarga do hospital”, disse em nota.