O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira, 12, a abertura de inquérito para investigar a participação do presidente da República, Jair Bolsonaro, em suposto vazamento de inquérito sigiloso da Polícia Federal.
A decisão atende a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), realizado na última segunda-feira, 9. A notícia-crime endereçada a Moraes foi assinada por todos os ministros do TSE e traz o relato de suposta conduta criminosa atribuída a Bolsonaro.
A investigação também vai mirar o deputado federal Filipe Barros (PSL-PR), que divulgou os documentos, e Victor Neves Feitosa, o delegado da Polícia Federal responsável pelo inquérito que teria sido vazado pelo chefe do Executivo Federal.
Na decisão, Moraes determina o afastamento de Feitosa e requisita ao diretor-geral da Polícia Federal que instaure um procedimento disciplinar para apurar o caso. Tanto o delegado quanto Barros devem prestar depoimento à corporação.
O ministro ordenou, ainda, a retirada do ar das publicações com os supostos documentos sigilosos.