Os Estados Unidos garantiram, nesta quinta-feira (9), que Israel concordou em permitir “pausas humanitárias” de quatro horas no norte de Gaza com o objetivo de facilitar a saída de civis. Em uma conversa com jornalistas, o porta-voz da Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, anunciou que Israel comunicou aos EUA que durante essas pausas, que começarão nesta quinta, “não haverá operações militares”.

Kirby admitiu que segue havendo “preocupação” sobre a possibilidade de o Hamas tentar impedir a saída de civis. Em qualquer caso, fez um apelo aos civis para que tentem abandonar as zonas “ativas” do conflito, e também considerou “crucial” que a ajuda humanitária seja estendida às áreas para onde os civis se deslocam.

O porta-voz da Casa Branca lembrou que as pausas no sul de Gaza permitiram a saída de milhares de pessoas e a entrada de ajuda humanitária, mas que esse auxílio precisa aumentar.

Nesse sentido, comemorou que 106 caminhões tenham entrado no sul de Gaza através da passagem de Rafah, que conecta o enclave com o Egito, mas espera que esse número aumente o mais rápido possível.

– Precisamos ver mais e precisamos ver mais logo – disse Kirby, que considerou que deveriam entrar 150 caminhões de ajuda humanitária por dia, e que, embora haja dias em que não é possível, esse deveria ser o objetivo.

Kirby frisou ainda que Israel está combatendo um inimigo – as milícias do Hamas – que está “incorporado na população civil, utilizando hospitais e infraestruturas civis em um esforço para se proteger” e que coloca o “povo palestino inocente” em maior risco.

No entanto, também insistiu que Israel tem “a obrigação de cumprir integralmente o direito internacional” e considerou que essas pausas humanitárias são “um passo na direção certa”, uma vez que procuram dar aos civis “a oportunidade de chegar a zonas mais seguras”.