Valdemir Franco conhecido como ” Pretinho Tatto ” e renomes da tatuagem se reúne em festival no clube estoril

Nesse fim de semana o Clube Estoril recebeu grandes nomes da tatuagem para o 3º Campo Grande Tatto Fest. O evento, que foi da sexta-feira (15) ao domingo (17) trouxe atrações diversas, workshop, exposições de carros antigos, shows com bandas de rock, apresentações performáticas e, é claro, muita arte na pele.
Distribuídos em aproximadamente setenta estandes, os tatuadores realizavam seus trabalhos ao vivo, e o salão do Clube virou uma mistura de galeria com ateliê, atraindo em cada espaço os olhares curiosos do público. Após duas edições, o festival chegou em 2019 conhecido no Brasil inteiro. Segundo Jacó, um dos organizadores, o foco do evento é o artista. “Eu sou tatuador e quero que eles tenham o que eu gostaria de ter, uma recepção bacana, um estande bacana, um ambiente gostoso, ar condicionado, esses fatores são muito importantes” explicou.

Além da atenção aos profissionais, os organizadores se preocuparam em receber bem os pais que curtem tatuagem. Um espaço kids garantia que os pequenos teriam onde se divertir. “Pra mãe quebra o galho, é legal acolher as pessoas que gostam e que tem filhos. Ele está amando” disse Waleska, que trouxe o filho Henrique de cinco anos. “Ano passado eu fiz duas tatuagens e eu trouxe ele. Ele gostou do evento e disse que queria também, a gente acabou fazendo de adesivo e ele saiu todo contente” explicou a mãe. Neste ano Henrique repetiu a dose e “tatuou” um Darth Vader.

O festival também trouxe outras vertentes do universo underground, como lojas de roupas. A Brava esteve presente com seu estande, vendendo camisetas, pochetes e outros itens. “Começamos com o pé direito hoje, já vendemos algumas peças. Pra gente é muito bom porque a divulgação é excelente, nesse universo onde a gente passeia a galera curte então nos posicionamos bem” disse o empresário Léo.

Conhecido por quem aprecia a arte em Campo Grande, o tatuador Kallel trouxe seu estúdio. Segundo ele eventos assim impulsionam o mercado e estimulam a troca de conhecimento. “Basicamente é networking. Você vê outros artistas, como trabalham, o que usam, como usam, isso agrega no conhecimento, é estudo, informação” disse. A organização conseguiu uma premiação em dinheiro para a tatuagem mais bem avaliada, e segundo Kallel essa iniciativa agrega valor ao festival. “A competição é mais uma forma do tatuador se aperfeiçoar para ser reconhecido com o prêmio, e também traz mais tatuadores de outros lugares para tentar ganhar” avaliou.

Na disputa, os tatuadores concorrem em diversas categorias e convidam pessoas para serem suas “telas”. O braço de Camila Chaves foi a superfície para a arte de Akemi Kuratomi. “Fiquei honrada quando ela me chamou, muito feliz porque é uma arte pela qual eu sou apaixonada. Eu a conheci no evento do ano passado e gosto do trabalho dela porque a linha dela é muito fininha, perfeita, o pontilhismo também é muito bom e ela fez minha aquarela, algo que eu sempre quis e a dela foi a de que mais gostei” disse Camila.
O 3º tatoo fest será lembrado para sempre, pelo menos para Renan Soriano, que pela primeira vez seria tatuado. Inquieto, Soriano aguardava o momento no qual seria tela de um tatuador. “Um pouco tenso, até por causa da dor, a gente fica conversando com o pessoal pra saber qual é” disse. Para a escolha da parte a ser tatuada levou em conta os conselhos de quem entende. “Pensei no braço ou peito, mas disseram que no peito dói bastante, vamos fazer no braço”. A técnica, New School, seria a utilizada para o desenho de um Daruma, representação de um monge que alcançou a iluminação, segundo Soriano.

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